Preços devem aumentar, em média, R$ 0,10 nas bombas a partir de 1º de fevereiro; Outra preocupação é com a possibilidade de novo reajuste para os combustíveis, nas refinarias, devido ao cenário internacional
No próximo dia 1º de fevereiro de 2025, a alíquota fixa de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) vai subir novamente para a gasolina e o diesel. A elevação foi aprovada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), em novembro do ano passado.
Com a medida, o preço do litro da gasolina terá reajuste médio de R$ 0,10, nas bombas (+7,14%). A alíquota fixa de ICMS passará dos atuais R$ 1,37 para R$ 1,47 por litro. Já para o diesel, o preço nas bombas sofrerá reajuste médio de R$ 0,06 (+5,31%). A alíquota fixa subirá de R$ 1,06 para R$ 1,12 por litro.
“Importante destacar que, por hora, não há previsão de alteração de ICMS para o etanol. Orientamos o consumidor a ficar atento à regra de paridade: se o preço do litro do etanol corresponder a no máximo 70% do preço do litro de gasolina, será mais vantajoso abastecer com etanol”, explica Fernando Roca, presidente da Associação Núcleo Postos RP que reúne 100 revendedores da cidade e região.
Defasagem e novo alerta
Ainda segundo Roca, a última semana de fevereiro também começou em alerta para a grande defasagem entre os preços dos combustíveis (derivados do petróleo), praticados no Brasil, em comparação aos preços do mercado internacional. Segundo a ABICOM (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), nesta terça (28/1) o índice de defasagem está em -7% por litro de gasolina (-R$ 0,22), e em -17% por litro de diesel (-R$ 0,59), nos polos da Petrobras.
“Conforme vínhamos alertando desde o início de janeiro, há grande pressão para novo reajuste de preços aqui no Brasil. A Petrobrás tenta bancar essa diferença, mas chega um momento em que a estratégia fica inviável. Para o consumidor, o maior problema é ter duas altas de preços em um curto intervalo de tempo. Vale ressaltar que cada aumento de preços dos combustíveis acaba provocando um efeito cascata em toda a Cadeia Produtiva, gerando alta generalizada de preços e pressão inflacionária”, afirma Roca.
Nas últimas semanas a imprensa nacional se atentou para a gravidade da defasagem de preços dos combustíveis e a notícia é de que, já nesta segunda-feira (27/1), a Petrobrás sinalizou para a possibilidade de novo reajuste nas próximas semanas.
Da Redação.
Foto: Ribeirão Capital e Agência Brasil EBC.