Preços da cesta sobem 8% ante 2023 puxado pela alta do dólar e itens mais pressionados pela inflação nos últimos meses
Pesquisa da ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados) aponta para um crescimento de 12% no consumo nesse período de festas.
Neste ano, a disparada do dólar e os fatores climáticos que impactam os preços dos alimentos desde setembro atingem a cesta de produtos natalinos que estão 8% mais caros na comparação com ano anterior. O preço médio da cesta com produtos típicos composta por dez produtos – aves natalinas, azeite, caixa de bombom, espumante, lombo, panetone, pernil, peru, sidra e tender – foi calculado em R$ 345,83 (na semana de 25/11 a 1/12), R$ 24,70 a mais do que os R$ 321,13 apurados no mesmo período de 2023.
Na comparação de preços entre as cinco regiões, a menor variação foi registrada na região Sul (+7,4%) e preço médio de R$ 358,05. Já a maior variação vem da região Sudeste (+8%) com a cesta calculada em R$ 342,28. A cesta mais barata é a da região Centro-Oeste com preço médio de R$ 337,35 (+7,7%). No Nordeste, o preço médio é de R$ 346,24 (+7,6%) e no Norte (+7,7%) com R$ 345,23.
Apesar da alta nos preços, a Black Friday já trouxe ofertas de produtos típicos natalinos e os supermercados tendem a aumentar o volume de ofertas de acordo com as negociações com a indústria ao longo de dezembro. “O consumidor já encontra produtos típicos da época nas ofertas diárias nas lojas. Os aplicativos e programas de fidelidade também são destaques no período por trazer descontos ainda maiores nos itens sazonais. Recomendamos ao consumidor pesquisar antes de ir ao comércio, pois há variações de preços em produtos do mesmo tipo e marca, maior número de marcas nas gôndolas e preços – em média 25% mais baixos – dos produtos de marcas próprias dos supermercados”, explica Marcio Milan, vice-presidente da ABRAS.
Para as festividades, os supermercadistas aumentaram o número de produtos de fabricação própria. Segundo o levantamento da ABRAS, 85% dos supermercadistas planejam produzir itens sazonais de padaria e confeitaria, 57% ampliaram os itens de marca própria em mercearia seca, 35% em produtos industrializados e 25% em mercearia líquida (bebidas).
A média de encomendas do setor para o período natalino é de 12% na cesta de proteínas de origem animal. Já as variações de preços da cesta são: bacalhau (+18,8%), pernil (+15,3%), carne bovina (+13,5%), peixes (+12,5%), lombo (+12,9%); chester (+11,7%), tender (+11,5%), frango (+10%), peru (+10%) e ovos (+7,5%).
Na cesta de frutas são destaques as encomendas das frutas especiais (13%), das frutas nacionais (12,6%), das frutas secas (10,5%) e das nozes e castanhas (10%). Os preços desses itens, em sua maioria importados, estão em média 15% mais altos do que no ano passado.
Já produtos tradicionais como os panetones, chocotones, biscoitos especiais e chocolates respondem por 11,4% das encomendas da categoria e os preços estão em média 10% mais altos.
Em bebidas, as encomendas são de 13% e os preços subiram em média 10%. As principais variações de preços vêm dos vinhos importados (+13%), bebidas destiladas (+11%), refrigerante (+10,9%), espumante e cerveja (+10,7%), vinhos nacionais (+9,7%), cerveja premium (+7,8%), sucos (+6,6%).
A pesquisa foi realizada entre os dias 24 de outubro e 27 de novembro e contempla todos os formados de supermercados.
Fonte: Site ABRAS/SuperHiper.
Foto: Agência Brasil/EBC.