Impulsionado pelo período de férias escolares, temperaturas mais amenas e festas “julinas”, o resultado quebrou uma série de três quedas consecutivas; Lojistas apostam nas datas comemorativas do segundo semestre para terminarem o ano no azul
Após três quedas consecutivas (em abril, maio e junho), as vendas do Comércio Varejista de Ribeirão Preto tiveram crescimento médio de 1,5%, em julho de 2024, na comparação com o mesmo período do ano passado. É o que aponta o levantamento do Centro de Pesquisas do Varejo (CPV), mantido por SINCOVARP (Sindicato do Comércio Varejista) e CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas).
“O período de férias escolares, temperaturas mais baixas (apesar de um inverno mais quente) e as festas ‘julinas’, contribuíram para a variação positiva no mês passado. A recuperação só não foi maior porque importantes eixos comerciais ainda estão impactados pela implantação dos corredores de ônibus. Muitos clientes continuam evitando as regiões que recebem as obras. Houve avanços com mais trechos liberados, no entanto, a recuperação das vendas ficou abaixo do esperado em julho. Aliás, atrair novamente a clientela que mudou o hábito de compra está sendo um grande desafio para o Setor Lojista”, explica Diego Galli Alberto, pesquisador e coordenador do CPV SINCOVARP/CDL RP.
Empregabilidade
Em julho, a variação entre vagas abertas e fechadas no Varejo ribeirão-pretano voltou a apresentar estabilidade. “É o segundo mês consecutivo nessa condição. Os empreendedores continuam cautelosos, mas já se preparam para as contratações de temporários de olho no fim do ano”, diz Galli.
Índice de Confiança
Considerando uma escala de 1 a 5 pontos, em que 1 significa “muito pessimista” e 5 “muito otimista”, o Índice de Confiança SINCOVARP/CDL de curto prazo (sempre olhando para os três meses seguintes) registrou média de 3,3 pontos, em julho (ante 3,0 pontos em junho), classificado como positivo. No índice de longo prazo (que olha para os 12 meses seguintes), a média foi de 3,2 pontos, em julho (ante 2,8 pontos em junho), também positivo.
“Pode-se dizer que o atual momento está despertando mais otimismo entre os lojistas que acreditam em uma virada de cenário especialmente no longo prazo. A tendência é de que os empreendedores aproveitem, ao máximo, as datas sazonais que ainda restam no calendário varejista procurando fechar o ano ‘no azul’”, afirma o pesquisador.
Em termos macroeconômicos, segundo o pesquisador, “O impulso que está faltando vai depender do controle do preço dos combustíveis e da inflação, da redução da taxa de juros, da queda da inadimplência e do índice de endividamento das famílias. Todos os fatores que afetam o poder de compra do consumidor precisam estar alinhados de forma mais positiva. Outro ponto de atenção é a escalada dos conflitos no oriente médio que podem gerar aumento significativo no preço internacional do petróleo”, finaliza.
Da Redação.
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